quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

Como se fosse treze de fato, no sábado primeiro de Carnaval



Do Recife: calango entre calçadas das Graças. Discussões. Com Conrado sobre os poetas anêmicos, bastardinhos diluidores de Elliot e Emily Dickinson, palavras esdrúxulas que gosto mas que despencam. Esse gosto compartilado: "Fim de feira, periferia afora/a cidade não mora mais em mim/Francisco, Serafim, vamos embora." Com Lucas, as excessivas, cotidianas. Almoços fartos caríssimos entre arrecifes erguidos em conversas entre Cabaré e as Torres, ao lado de Brasília Teimosa. Recife antigo, beija-se demais na Rua da Moeda. As canções em looping de frevo e todas as cores infinitamente reiteradas  combinam. Aqui e ali, o mau gosto de turistas polacos lambuzados com protetor tal molho rosê. E me deliciam as imitações de Conrado no carro. Nem sempre Lili toca flauta. Enquanto isso na sala de justiça. E eu acho é pouco. Cerveja latão por inimagináveis dois reais. Comi ovos de codorna sem excitação. Neste domingo, a perspectiva de Céu ou Lenine. Vi Cleyton desmontado de Wally, e foi bom. Agora quero o sol bonito de Porto sobre insanas camadas de filtro solar, na casa de Sônia onde os aviões passam zunindo a beira dos prédio, à beira mar de Boa Viagem.

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