a ligação. a surpresa. a expectativa. o tímido lance. a deambulação. os cliques para direita. o lugar privilegiado. o espetáculo. o minimalismo da apresentação. o labirinto da Sé e seus perigos a cada esquina. a impossível entrada do metrô. a Paulista à noite, quando tudo é possível. a longa conversa no bonito restaurante, até ser irremediavelmente tarde. o beijo com a coca-cola de fundo. os pés que doem na longa caminhada (pharmakoi: veneno, remédio, futebol). a descida ao augusto inferno das contradições. e tudo mais que são no mínimo o máximo. o calor no meio do frio. o chuvisco do chuveiro. a porta aberta em luz. esse enlaçar complicado, que é o reconhecimento de campo do desejo. (eu roubei isso de um poema de Safo) a conversa muito honesta de que não somos quem somos. o sucesso no fracasso. e o dormir enlaçado quando é manhã e a paisagem sem janela não nos avisa que a vida já iniciou outro tempo. acompanhar no café rápido da despedida. e na janela do veículo que te leva, eu viro a cabeça. é um adeus silencioso, à lispector. mas eu te levo comigo, por enquanto, no metrô e no trem que chacoalham famintos para a casa. querendo só o teu bem. o maior bem do mundo para nós.
[Hoje o post era para ser triste, tristíssimo, mas então eu me lembrei disso que escrevi e não te mandei nunca, e que já é passado, mas eu faço presente este presente, carente de futuro. onde houver o MAR.]
[]
[]
[]
[]
[]
[]
[PLAY]
Nenhum comentário:
Postar um comentário